Há muito, falava com amigos e colegas acerca da “Lei Seca”.
Só hoje, mais de um ano após a aprovação da lei, resolvi escrever minha opinião verdadeira sobre o tema, até porque, apenas hoje tenho a opinião amadurecida.
Em verdade, creio que esta lei nada mais é do que ima inutilidade, escandalize-se, mas é verdade.
Os legisladores preocuparam-se apenas em punir o individuo que dirige sobre o efeito de álcool em qualquer quantidade, mesmo sem sequer existir a sombra da possibilidade de causar um acidente sobre o efeito do álcool.
Confesso que muitas vezes já dirigi após ter domado uma latinha de cerveja ou uma dose de whisky, como já dirigi após ter bebido muito, mas muito mesmo. Não me orgulho disso, apesar de não sentir os efeitos do álcool, de ter minha condição física inalterada ou pouco alterada, mas a questão não é essa.
A questão é que a lei por si só não resolve absolutamente nada, pelo contrário, apenas gera mais um problema, o acumulo de presos nas cadeias e acumulo de processos no judiciário.
A “Lei Seca” vai sempre ser inútil, ridícula e um total absurdo enquanto não se educar o povo. De que adianta coibir sendo que não se existe uma cultura no sentido de não beber e dirigir, é mais do que dizer “se beber não dirija, se dirigir não beba”.
Vai muito além, no feriado da semana santa, a PRF efetuou 785 testes do bafômetro nas rodovias federais e em 31 deles, o resultado foi positivo, gerando 14 prisões (matéria completa), fonte Diário de Natal.
Se formos analisar, e quem me dera ter os dados estatísticos, a mistura álcool e direção sempre existiu e nos mesmos patamares, muito antes de “tirar a carteira” já ouvia falar em acidentes por alcoolismo, mas nunca ganhavam repercussão por envolverem pobres ou “desqualificados sociais”.
Ocorre que a classe média aumentou, colocando muito mais pessoas nesta condição, fazendo com que pessoas socialmente atuantes fossem vitimas ou causadoras dos acidentes.
É como o caso dos Nardoni, me lembro de mais 2 casos noticiados no mesmo mês em que crianças caíram de janelas de prédios, mas isto sempre existiu.
Apenas existe é a mudança de foco e a mudança de “publico”.
Pode-se criar leis contra as bruxas, mas os feitiços sempre existirão, pode-se criar leis contra beber e dirigir, mas esta combinação sempre existirá.
O que falta é conscientização da população e educação.
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